Quando
lês o que escrevo,
quando
relês,
o
que entendes,
não
é o que sinto,
mas
o que faz sentido,
dentro
de tua insegurança,
do
que é para ser nosso amor!
Quando
lês o que escrevo,
quando
os relês,
não
quer dizer que saibas,
de
onde vem meu sofrimento,
de
onde vem meus dizeres,
de
sentimentos indizíveis,
não
se escondem neles verdades,
nem
neles se expressam mentiras,
mas
deles transbordam sofrimentos,
devaneios,
pensamentos,
desejos,
sofreguidões.
Quando
lês o que escrevo...
acautela-te
de ti,
acautela-te
de mim,
para
não compreenderes o que não está escrito,
que
de ti sinto a falta,
que
de ti sinto a dor da ausência,
que
de ti sinto o ardor da presença,
em
cada mensagem,
em
cada palavra,
em
cada pertencimento!
Indizível afirmar, que quando escrevo,
quando
me lês,
estou
todo inteiro em você,
mais
do que no meu silêncio,
que
é só dor, afastamento,
que
ensandece meu juízo,
até
a dor do desespero,
até
a felicidade do reencontro!
Leias-me,
mas em mim,
não
em volta de mim,
no
nada que me resta,
sem
a tua presença!