Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Bruxa




Não te vi todo o dia,
Não sabias como estava,
Não percebi que se aproximava,
Olhei-te como se fosse a primeira vez!

Como dizer-te a alegria?
De olhar-te mais uma vez,
Como se a primeira vez fosse?

Como demonstrar-te a alegria?
A surpresa de ser...
Mais uma vez surpreendido por tua beleza?

Encantamento, eis a palavra,
E encantamento é coisa de bruxas,
Bruxas que enovelam a alma,
Num torpor, num fulgor,
Que emana do caldeirão,
Que se faz à sua passagem!

Sim, é coisa de bruxa,
Estou enfeitiçado,
Porque me surpreendo,
Vendo...
Que não canso de surpreender-me,
Com tua beleza,
Com tua candura,
Com a brancura que ostentas na pele!

Estou enfeitiçado,
Resta-me assar no caldeirão,
Fundir-me com o ferro,
Perder-me em você!

Minha Bruxa!

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