Será
filha da bílis?
Ou
da necessidade de imaginar,
Sempre
outro que não eu,
Ou
de torcer a realidade,
Que
árida torna a alma sedenta,
Que
envenenada, torna-a fatal?!
Ou
será apena vício do discurso,
Tão
incapaz de dizer da verdade,
Aquilo
que ela não é, mas insiste,
Enganando
os fatos, torcendo o real?!
Será
a mentira mal ou apenas forma!
Para
tornar a vida seca, uma forma de embriaguez?!
Será
mentira filha da bílis, ou irmã do medo?!
Será
mentira filha da bílis, ou mãe do engano?!
Será
mentira que minto de mim, e de suas pernas?!
Apenas
para dizer mentira, que sempre digo a verdade?!
Não
me incomoda a mentira,
Mas
a falta de humanidade!