Só existo na relação com a chama;
Só existo enquanto chama;
E como chama, queimo, torno cinzas,
Tudo quanto toco, tudo quanto sou.
Existo assim, ardendo, queimando,
Mas antes de anular-me existo,
Em toda chama que devora,
Em toda existência que se faz cinzas.
Assim, aquela que permanece em mim,
Dissolve-se na fumaça que se desprende,
Da união do eu e você,
Espalhando-se por toda a eternidade,
Em todas as chamas, em todas as cinzas,
Sem extinguir-se nunca,
Porque amor, quando amor;
É tal qual Fenix, ressurge sempre
Mais forte, mais belo, mais exuberante,
Das chamas que o consomem.
Sim, só existo como chama!