Poderia viver mil
vidas, poderia existir por mi anos, poderia estar em mil lugares diferentes,
mas guardaria em mim uma constância!
Tal constância
resumiria apenas e tão somente, no olhar que busco, na ansiedade que tenho, na
avidez que me assombra, de encontrar o objeto de amor, que me resume, em minha
humanidade, desde que o toquei pela primeira vez!
Se mil vezes existisse,
mil vezes te amaria!
Mas quem o percebes?
Talvez apenas e tão
somente, todas as estrelas, e a Lua, para quem num sussurro, qual grito,
declinei teu nome, ainda ontem, quando crescia e inundava o meu coração com sua
luz pálida antes do anoitecer, anunciando mais uma noite, em que, olhando teus
olhos, encontraria o infinito de amor e paixão, que me plenificam desde a
primeira vez em que contemplei o belo!
Se mil vezes
existisse, ainda assim, mil vezes faltariam, para dizer: Eu te amo!