Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Mil Vezes





Poderia viver mil vidas, poderia existir por mi anos, poderia estar em mil lugares diferentes, mas guardaria em mim uma constância!
Tal constância resumiria apenas e tão somente, no olhar que busco, na ansiedade que tenho, na avidez que me assombra, de encontrar o objeto de amor, que me resume, em minha humanidade, desde que o toquei pela primeira vez!
Se mil vezes existisse, mil vezes te amaria!
Mas quem o percebes?
Talvez apenas e tão somente, todas as estrelas, e a Lua, para quem num sussurro, qual grito, declinei teu nome, ainda ontem, quando crescia e inundava o meu coração com sua luz pálida antes do anoitecer, anunciando mais uma noite, em que, olhando teus olhos, encontraria o infinito de amor e paixão, que me plenificam desde a primeira vez em que contemplei o belo!
Se mil vezes existisse, ainda assim, mil vezes faltariam, para dizer: Eu te amo!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Canção do Desespero





Minha cidade não tem palmeiras,
Nela silenciaram os sabiás!
Porque respeitam a dor!
Daqueles que não podem mais assobiar!

Minha cidade desencantada,
Vê seus pais, mães e filhos expostos,
À tirania cruel das armas,
Da impiedade, da insanidade!

Minha cidade desprotegida,
Minha cidade desamada,
Minha cidade esquecida,
Vê impotente morrerem seus filhos...
Sem assistência médica...
Assassinados dentro do seu lar...
Porque Nepotes esqueceram de cumprir!
Com o sagrado dever de honrar...
A confiança que receberam!

Minha cidade, abandonada?
Sim, por aqueles que delas são garantes!
Culpa deles? Não!
Responsabilidade Nossa!
Enquanto disto não nos convencermos!
Seremos os responsáveis pelo sangue derramado!

Não queremos bravatas,
Não queremos discursos!
Queremos Paz! Queremos Viver!
Para amar nossos amantes!
Para amar nossos filhos!
Para amar nossa Cidade!

Minha Cidade! Minha Responsabilidade!