Quando te
chamo,
Não te
encontro,
Mas continuo,
Desesperado
a te chamar,
Mas não me
vês...
Não se dás
ao trabalho de quedar-se,
Apenas inerte,
dedicada,
Para suprir
minhas poucas dores,
Que se
manifestam na tua ausência,
Apenas pela
tua falta!
Chamo...
Mas quem me
ouvirá?
E se outro
me ouvir,
Que não os
teus ouvidos,
Se outro,
que possa me desejar,
Tal qual
sou,
Torto,
vesgo, desdentado,
Se este
outro me ouvir,
E souber
sentir, comigo,
Minhas dores,
Onde ficará
você!?
Chamo...
Não me
ouves, e o que apenas desejo,
Tão simples...
É que me
ouvisses, que me desse o calor,
De teu
corpo, de teus olhos,
Mas não
estás aqui,
E desfaço-me
em chamamentos vazios,
Que não
encontram teus ouvidos...
Chamo...
E agora
chamo, gritando,
Para que
todos os espaços,
Do mundo e
do tempo,
Saibam do
meu desespero,
Do meu
desamparo,
Para que
onde encontrar um ouvido,
Encontre eu
o conforto,
De amar e
ser amado,
Apenas para
que a presença,
Se perpetue,
Física,
táctil, olfativa,
E não
apenas...
No esquecimento,
De um
retorno objetivo,
Obrigatório,
porque um dia querido,
Para o
ninho, que já não é mais ninho,
Para um
lar, que não mais é lar,
Para um
paraíso, tornado, Hades!
Chamo...
Para encontrar...
Se possível
é...
O amor que
de mim não se separe!
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