Quantos de nós não nos sentimos invisíveis?
Quantos de nós não topamos com nossa
insignificância?
Quantos de nós não sofremos com a falta de
importância?
Como será possível viver com alguém e não
perceber,
A dor, o sofrimento, a falta, a ausência, a
angústia,
Não perceber que o outro se desfaz, abandonado a
si mesmo?
Como será possível esquecer que o outro grita,
Muitas vezes alto a ponto de parecer mudo,
Que continua a existir, mas de uma existência
zumbi?
Como não percebemos o desmoronar do outro,
Mesmo ele dizendo, indicando, apontando,
Todas e cada uma de suas feridas?
Será egoísmo? Será uma forma de encarar o mundo,
Como se fosse nosso próprio umbigo,
De encarar o mundo apenas como extensão de nós?
Não tenho as respostas, mas sei que elas fazem
cada vez mais sentido,
E fazem tanto sentido que escuto de forma ensurdecedora
minha mudez,
E constato de forma dolorosa que sou tão apenas
invisível!
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