Não sei se a cordialidade do brasileiro era apenas
um mito.
Não sei se era a forma de mascarar nossas
desigualdades.
Não sei nem mesmo se a história oficial que nos
foi contada,
Apresentava um pouco da verdade vivida,
Ou apenas da verdade contada pelo vencedor,
Ou ainda, a verdade possível pela linguagem usada.
Mas sinto que nestes poucos anos, roubaram-me
algo,
Roubaram a mim e aos brasileiros,
Sua cordialidade mesmo que fingida,
E não se pode esquecer que a hipocrisia é o cimento
que permite,
A vida em sociedade,
A vida em grandes cidades!
Roubaram mais, roubaram a crença nas instituições,
Roubaram a fé que tínhamos nas igrejas,
Roubaram a crença de que havia nichos de
seriedade!
Destruíram nossos sonhos de ver um país melhor,
Nos fizeram crer que somos condenados eternamente
neste lodaçal!
FHC alegrou-se em entregar a faixa presidencial a
um metalúrgico,
Que foi criado e incensado pelas CEBs e por Golbery,
o mago,
Ninguém percebeu as falhas de caráter, ninguém se
atentou aos vícios,
Agora ninguém se responsabiliza pelos maus
exemplos,
Muito menos pelas dolorosas clivagens que se
fizeram!
Vejo pobres que nunca terão uma defesa digna,
Marchando em defesa de um líder indigno!
Vejo palavras de ordem contra a perseguição,
A um líder que criou os mecanismos para perseguir,
Vejo que o discurso de nós e eles venceu!
Se é uma questão de nós contra eles,
Então só nos resta esperar pelo Bolsonaro,
Pelas viúvas do Collor e de Lula,
E então dividir, e clivar, e opor,
E esperar, até que o canhões falem!
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