Os olhos, portões da alma,
Que tragam tudo que se lhes apresenta,
Perscrutando o mundo em busca da consciência,
Trazem para dentro tudo que há cá fora!
Perturba-me a imobilidade, anseio pelo movimento,
Porque este nega minha dor, minha ausência.
Os olhos avançam ávidos sobre o mundo,
E tomam tudo que se faz externo de mim!
Tenho cá dentro, olhos tão pequenos,
Que enxergam estrelas maiores que o sol,
Que captam a luz que vem do passado imemorial,
Que guardam lembranças de tempos já mortos.
Olhar que anseia o encontro de outro olhar!
Olhar que te quer, que obsessiona meu pensar!
Olhar tão triste, na ausência deste outro que se
furta!
Olhar que melancólico vive de promessas!
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