Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Inusitado




Tinha um frango no meio do caminho,
A aranha que levava consigo quatro pinguins,
Numa van, que conduzia para a praia,
Com o susto, quase atropelou o frango!

Assustado, espavorido,
Grunhiu o frango, como um porco,
Girou sobre si mesmo,
Pronto, atirou-se à margem!

Mas a margem do papel,
Posto que rosa,
Ficou rubra, e como o meu coração,
Passou a pulsar apaixonado!

Mas fosse um coração apaixonado,
Fosse um coração aguilhoado,
Pelo abandono e a rejeição,
Não suportou o inusitado.

Do frango brotou uma esperança,
Na forma de uma libélula,
Toda rosa e toda prosa,
Que cantava, como a cotovia!

Sabia apenas um entre trecho,
De uma sinfonia tocada por único instrumento,
Que sabia gritar, arfar, arranhar o ar,
Repetindo incansavelmente o nome teu!

Mas ao bater as asas,
Disseram-lhe que causava tufões,
Foi buscar nas folhas de acácia,
A violência das convulsões!

Achou perdido na página marcada,
A pétala de uma rosa já ressecada,
Que marcava, como big bang,
O surgimento do universo que te cercava.

E o universo se fez pérola,
E a pérola foi reunida num colar,
O colar adornou teu pescoço,
Para acorrentar em definitivo...


Minha alma!

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