Os pacientes se agitam,
Olham os relógios,
O tempo passa, a permanência angustia,
Está atrasado... que fazer?
Lá dentro, sempre um sorriso,
Atenção e esmero nas queixas,
O relógio, esquecido,
O que importa é o humano,
Seus sofrimentos e transbordamentos.
Pacientes, com sede, com necessidades,
Água disponível, quiçá máquina de cafezinho,
Sentados, lendo ou conversando,
Falando ao telefone, jogando no celular!
O médico, horas de atenção,
Desprezo pelas necessidades,
Do corpo e da alma, numa dedicação,
Inteira e intensa ao queixume do outro.
Paciente zangado, perturbado, angustiado,
Chega a sua vez, meia, uma hora atrasado,
Ouve o nome tão intensamente desejado,
Um sorriso, um aperto de mão,
Um olhar cheio de interesse e consideração!
O tempo só passa na sala de espera,
Nunca passa dentro do consultório,
E dentro, sempre há mais algo a falar,
Lá fora, muitos que acreditam não ter muito,
Nem para falar, nem para esperar,
Mas lá está o médico...
Que sujeito mais desligado do tempo,
Porque seu tempo, é o tempo de amar,
Cada humano que se apresenta,
Com todos os sofrimentos, dores e lamentos,
Que só seus ouvidos são capazes de considerar.
E hoje é o dia do médico,
E não é feriado,
E as listas, bombando de garranchos,
Como se a pressa não fizesse parte,
Do destino de dedicação e esmero,
Em dar conta dos sofrimentos, das dores,
De todos aqueles que buscam,
No bondoso Esculápio,
Alguém para mitigar todas as angustias.
Feliz Dia dos Médicos,
Nem feriado, cheio de garranchos,
Cheio de cobranças,
Cheio de desencantos,
Mas marcado pela perseverança,
De se crer capaz de por humanidade,
Dar, nem que transitório,
Cobro ao sofrimento.
Feliz Dia do Médico!
E olha que não faço garranchos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sentir, Pensar, Expressar! A Intenet tornou possível a qualquer homem, a qualquer mulher, expressar tão livremente seu pensamento e seus sentimentos, quanto o são em realação ao seu existir! Eis o resultado!