Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Tempo, tempo...





Houve um tempo,
Há muito tempo,
Tanto tempo que...

Mas o tempo passou,
Tanto passou, que sua lembrança,
Traz o sem sentido do que é...

O tempo passou,
Não podem mais se resgatado,
Os sentimentos,
As verdades,
Os carinhos,
Os desejos,
O tempo passou,
Ficou o gosto amargo,
Que o passado imprime,
Na falta que fazemos,
Um no outro...

E foi-se o tempo das chances,
Foi-se o tempo das possibilidades,
Foi-se o tempo do retorno,
O tempo! Ah! O Tempo...

Estamos juntos, e separados,
Porque o tempo esqueceu,
Das promessas, das verdades,
Das pequenas inconsistências da verdade,
O tempo sepultou,
Toda uma feérica avalanche de desejos.

Ah! Esse tempo impiedoso que passa,
Marcando o passo para o final,
Que se avizinha, apenas para arrastar,
O próprio tempo do passado que se acha,
À frente como futuro...

Tempo, este tempo que já não nos pertence,
Um tempo que já dei a outro, um tempo,
Que não mais permite o resgate,
Das doações, das purezas, das promessas...

Tempo, impiedoso tempo,
Deus cruel de nossa liberdade!

Tempo, meu passado-do-futuro,
Meu futuro-do-passado!

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