Encontrávamos
nas igrejas,
Ou nos
bares,
Ou perto
do coreto,
Ou nos
batizados,
Ou ainda,
quando ficavas na janela!
Encontrávamos
olhos nos olhos,
Corações acelerados,
Suores,
medos, incertezas,
Encontrávamos
tão somente...
Porque não
havia outro jeito de nos acharmos!
Encontrávamos
sempre ou nunca,
Mas havia
sempre a esperança,
De sentir
o cheiro da pele,
A cor dos
olhos,
A beleza
dos cabelos,
A graça do
andar e do sentar,
A delicadeza
do estar...
Agora,
todos os espaços se foram,
Apenas uma
tela de 5 ou 6 polegadas,
Com fotografias
frias,
De tempos
idos e não tão idos,
Mas tão
diferentes, que irreconhecíveis!
Como
encontrar este outro,
Que é
apenas uma fotografia na tela,
Que existe
apenas no espaço de bits e bites,
Que não
tem cheiro,
Nem jeito,
Nem delicadeza,
Nem presença
que possa fazer tremer!?
Estranho
mundo que nos apresenta tantos milhares de pessoas,
Tantos outros
e tantos nenhuns...
Que nos
expõe, escondendo-nos,
Tornando-nos
outro que estranho a nós mesmos!
Mas o
encontro permanece o mesmo,
Quando se
torna real, quando se permite real,
Com mãos
suadas, corações dilatados e palpitantes,
Esperanças
e temores,
Do momento
em que se tocam mãos com mãos,
Lábios e
lábios, olhos e olhos!
Que mundo
este que faz promessas,
Que abre
espaços,
Que nos
coloca fora do tempo,
Dentro da
vida do outro...?
Que mundo
este,
De surpresas,
De medos
outros,
Que de
novo...
Procura encantamento!?
Que mundo
este, em que vou te encontrar...?
Que mundo
este, em que vou te buscar...?
Que mundo
este que se construiu a tua volta...?
Que mundo
este que basta apenas desligar!?
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