O Homem ou é tonto ou é Mulher
Gonçalo M. Tavares
Sinopse
Um homem que tem pedras
dentro dos bolsos e que quer trocá-las por uma máquina de pensar. O mesmo homem
tem dois livros de um filósofo que pensam por ele, mas o problema está nos
pensamentos serem sempre os mesmos, um livro não pode mudar.
O homem ou é tonto ou é mulher acaba por ser um excelente exercício literário, uma espécie de roteiro da vida de um homem que disserta sobre as suas experiências. Os projetos e ambições que ele tem são magníficos, porém, o desejo estraga tudo e o desejo é o sexo. Em última análise, o sexo estraga tudo. Este pequeno livro é uma súmula de humor negro, imagens cruéis narradas com uma dose refinada de ironia que acabamos por sorrir no fim da frase, "Um dia decidi declarar finalmente o meu amor e quando cheguei à porta da rapariga ela estava mesmo a sair para o seu casamento. É um caso típico de má sorte."
O homem ou é tonto ou é mulher acaba por ser um excelente exercício literário, uma espécie de roteiro da vida de um homem que disserta sobre as suas experiências. Os projetos e ambições que ele tem são magníficos, porém, o desejo estraga tudo e o desejo é o sexo. Em última análise, o sexo estraga tudo. Este pequeno livro é uma súmula de humor negro, imagens cruéis narradas com uma dose refinada de ironia que acabamos por sorrir no fim da frase, "Um dia decidi declarar finalmente o meu amor e quando cheguei à porta da rapariga ela estava mesmo a sair para o seu casamento. É um caso típico de má sorte."
Podemos ler esta obra como
uma biografia não-autorizada de alguém que não existe, uma personagem com
substância, mas que ainda não existia como existe hoje. O tempo transforma as
personagens e se o homem tinha 30 anos no livro, hoje terá mais. As
personagens envelhecem como as pessoas, mas este homem encerra em si as
características de um excêntrico: pensamentos peculiares, ações dementes,
criações.
O que penso:
Mais uma obra fenomenal do
escritor português Gonçalo M. Tavares, que faz um exercício literário
instigante, onde nos brinda com 50 pequenos contos poemas em prosa, uma obra
seminal que é pequena, tão demasiado pequena que não pode deixar de ser lida,
de um só fôlego, e quando a terminamos, fica uma sensação perturbadora de que
avançaríamos mais 200 páginas sem que isso trouxesse cansaço ou aborrecimento.
O livro traz pequenos textos
que contam toda uma outra história de um biografado demasiado humano, que
reflete profundamente sobre sua existência, que leva ao limite nosso humor
negro, que faz-nos chocar com nossas próprias incoerências.
Expõe e eviscera nosso
comportamento antissocial por baixo do ralo verniz que nos protege do que
pensamos e do que gostaríamos de fazer. Perturbador e extremamente agradável,
uma leitura que é fundamental para compreender-se, para compreender as mulheres
e para perceber nossa fascinação por elas e pelo sexo.
Uma prosa-poética inatacável
e invejável, deliciosa de ler!
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