Caminhamos como autômatos,
Cumprimos deveres desalmados,
Recebemos migalhas por
esforços vãos,
Desejamos o desnecessário,
Esquecemos o inestimável!
Terminamos sempre por
acumular,
Acumular bens, acumular ouro,
Acumular mágoas, acumular
pesadelos,
Por que ao fim, tudo se
perde,
Tudo se resume ao fracasso de
existir,
Tudo deixa de existir, para
apenas restar a morte!
Caminhamos sobre escombros de
memórias,
Buscando respostas a
perguntas vãs,
Caminhamos como tolos, por
caminhos já trilhados,
Por centenas, milhares, milhões
de mortos,
Do passado, do presente e do
futuro.
Estamos tão obcecados por
nada,
Tão obcecados por nossas
vaidades,
Que não percebemos que quando
partimos,
Em busca dos culpados e dos
responsáveis,
Por nossos sofrimentos, por
nossas perdas,
Por nossa escravidão,
Sempre encontramos ao
final...
Um espelho,
Onde reproduzimos todos e o único,
Responsável pela miserável existência,
Apenas e tão somente,
Um único!
Miramos abismados,
Nós mesmos, mil vezes
refletidos,
Para só então perceber,
Que somos fragmentários,
Iludidos, solitários!
Nosso destino,
Se resume a olhar,
Ao fim,
Um espelho,
Onde apenas ser reflete,
Uma imagem!
Ao fim e ao cabo,
Nós mesmos!
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