Vivemos um tempo em que não há tempo para a
leitura. Os textos de fôlego são abandonados nas primeiras linhas.
Nosso personagem, nada mais que um humano
confuso, ansioso, solitário cercado de outros milhares de solidões, sente a ânsia
de comunicar sua existência, história e sofrimento.
Escrever um romance, impossível, uma poesia,
mera veleidade, uma novela, ainda seria muito. Talvez... talvez... short stories!
Sentado imóvel à frente da tela, pôs-se à
tarefa.
Refletia sobre o teclado, que incompreensível, se
anunciava como desafio. Desafio reducionista para sua história, para sua vida,
que deveria ser resumida em um espaço e tempo que pudessem interessar outros
sujeitos tão ausentes de si mesmos quanto ele.
Escreveu 6 curtos parágrafos, refletiu sobre
eles, achou-os bons. Desde este dia não mais o encontraram. Concebera sua obra
prima nihilista. Não encontraram o corpo, nem sinal de que tenha se derramado
em outras linhas, mas conseguira escrever o texto, que marca sua história
literária. Talvez seu epitáfio!
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