Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Não me repito




Nunca me repeti, julgo desonesto e imoral,
Não me reproduzo nas relações que vivo, sendo todo e inteiro,
Único em cada olhar, em cada carícia, com o cuidado, de viver...
Mais do que intimamente, a relação de cumplicidade e doação!

Minhas relações amadurecem, crescem em suas particularidades,
Em sua exclusividade e existência únicas, construídas no todo,
E por tudo, para um outro que é um universo particular, 
Minha dedicação, toldada pela dor e pelo sofrimento, não descuidam!

Posso ser sombra, posso ser errático e frágil, fraco e desacreditado nunca!
Posso ser ensandecido, apático, abúlico, mas limitado nunca!
Por isso acredito num amor radical até à medula, visceral e total,
Talvez a expressão mais violenta de uma entrega total e irracional!

Não acredito em amores sem sofrimentos e superações, sem doação!
Não acredito em amores que não superam a dor de sua própria existência!
Nem acredito na falta da radicalidade que exige uma entrega sem condições!
Mesmo que não se tenha nada para ganhar em troca, que não seja, amor!

Não me repito, se não reverbero, não existo, não imploro, não mereço!
Se não existo para a radicalidade, não existo e pronto...
Como entender um amor e uma dedicação que tenta sublimar-se?
Então é o caso de sanear a ausência, com o abandono! Ao meio dia!

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