Quem escolherá teu nome?
Queria eu ter podido escolher,
O nome de quem te dá vida e que te escolhe,
Mas se fosse escolher, não seria outro,
Seria este mesmo, mas não só!
Quem escolherá teu nome?
Haverá de ser seu pai?
Nele há tantas expectativas,
Tantas construções,
Há uma história inteira no que ele sente...
Quem escolherá teu nome?
Deverá ser tua mãe?
Com o privilégio de ter sido teu Universo,
Por nove meses iguais ao infinito,
Porque enquanto no Útero, não sabias...
Deste outro mundo, destes tantos outros,
Que te esperam ansiosos, dramáticos.
Mas, quem escolherá teu nome,
Saberá que tantos outros nomes te são escolhidos,
Por que dar nome, é ato profundo de cultura,
É dado para dar consistência à tribo,
É concebido para dar durabilidade às relações,
É atribuído para mandar mensagens de amor!
Dar um nome, como tirá-lo,
São como passagens, secretas,
Para os locais mais importantes de nossa
existência!
Mostrar um nome, ou ocultá-lo...
Diz de mim e do respeito que ofereço aos que me amam!
Quem escolherá teu nome?
Por mim poderias ter vários nomes,
Não por uma necessidade atávica,
Mas para que eu possa marcar o mundo,
Chamando você de várias maneiras.
Por que é por meio de teu nome,
Que serás identificada, e identificará,
Este mundo que transforma intensamente,
Com tua chegada, com tua luz, com teu existir!
Teu nome, mais valor que qualquer tesouro!
Quem escolherá teu nome?
Creias, impotente sou para mudar o destino,
Inclusive para conceber a vastidão do Universo,
Mas no que cumpro e realizo meu devir,
Hei de querer teu nome, tatuado em minh’alma!