Para saber,
Por que amor faz-nos...
Tão felizes que inconcebível?
Tão desgraçados que insuportável?
Basta que saibamos,
A origem de Eros!
Eros resume em si,
Todas as bem-aventuranças,
Todas as misérias,
Que nos afligem quando amantes.
Seu pai era um deus...
Poros, deus da abundância.
Sua mãe Penia, que resumia,
Em si toda carência, falta e miséria,
Humana, não divina.
Assim, quando assombrados pelo amor,
Ou, antes, plenificados pelo amor,
Somos divinamente informados
Por uma abundância de afeto.
Mas assim também, marcados,
Cumulados, de sofrimentos,
De faltas e de ausências,
Resumidos nas carências humanas!
Assim, amar, sofrer de Eros,
É viver a divindade e a plenitude,
Sentidas de forma humana,
Como carência, falta e dor.
Morremos então de amor,
Todos os dias que nos sentimos,
Plenamente despertados pelo outro,
Mas absolutamente carentes da presença,
Da constância e da admiração do amado.
Que Eros sempre nos traga,
Abundâncias e carências,
Tantas quantas necessárias,
Para transcender o eu,
Por um nós, que seja tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sentir, Pensar, Expressar! A Intenet tornou possível a qualquer homem, a qualquer mulher, expressar tão livremente seu pensamento e seus sentimentos, quanto o são em realação ao seu existir! Eis o resultado!