Como é difícil reconhecer,
Que o hábito não diz muito sobre o monge,
Que as ideias não são tão perigosas,
Que a liberdade é uma forma de viver,
Que as promessas são sinceras,
Apenas no momento de serem proferidas,
E que têm de ser sentidas, todos os dias,
Para que possam valer para além de amanhã!
Como é difícil perceber...
Que a alma pura, não se importa com os piercings,
Nem com as tatuagens, muito menos com a cor...
Que o amor se manifesta tão distinto,
Seja com um discurso em latim,
Seja com versos parnasianos,
Quanto com o jargão da periferia!
Como é difícil se convencer,
Que cada um é livre para amar como lhe aprouver,
Que a intimidade do quarto não aceita voyerismos
outros,
Que o dar-se é antes de tudo, responsabilidade...
Que o que acredito só vale para mim e para os que
me amam,
Que enfim, fazemos a diferença, quando percebemos,
Que o bem operando em nós é presença viva... de
Deus!
Saia da caixa, derrame lágrimas pelos que
partiram,
Lembre com amor e carinho cada segundo vivido,
Abra o coração para amar, sem preconceitos,
Permita que sua verdade não seja,
Mais que uma opinião limitada,
À existência de um único amante!
Saia da caixa e reconheça que viver é...
Antes de tudo um grande desafio!
Tão plena de solidão e liberdade...
Tão cheia de perdas e sofrimentos...
Mas que vale a pena cada segundo,
Apenas pela possibilidade de amar!
Saia da caixa... Deixe viver!
Acredite em você, acredite em mim!
Se o que penso e sinto faz sentido...
Vamos acreditar e sentir juntos...
Se não fizer, saia da caixa e seja feliz,
Como lhe aprouver!
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