Não acredito
no tempo, nos dias,
Nos caminhos,
nas aparências,
Não consigo
concatenar existir,
Aqui,
Agora,
Atrapalho-me
com o que sinto,
Com o que
penso...
Atormenta-me
existir,
Assim, tão
sem sentido,
Caminhando para
lugar algum,
Como miserável
endoidecido!
Então
percebo a insanidade da vida,
A loucura de
viver cada dia,
De pretender
viver, tantos dias,
Apenas para
comer, dormir, trabalhar,
Correr,
deitar desespero e angústia,
Num mundo do
avesso...
Que não tem
direito!
De parecer
tão lúcido!
Lúcido, como
os Napoleões de hospício,
Onde pelo
menos, cada um é...
Cada dia um
personagem de si mesmo,
Apenas e tão
somente um Alexandre Magno,
Um rei, um
cavaleiro, um cientista,
Todos eles
mais verdadeiros que eu,
Que para
fugir da sanidade,
Faço poesia,
para então e só então,
Inundar o
mundo, tão pequeno,
Tão mesquinho
e acanhado,
Com minha
insanidade.
Insano
existo, louco resisto,
E deixo para
outro dia,
Deixar de
existir,
Apenas por que
ainda mais...
Ensandecido!!!
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