Passam os dias e tenho a sensação
De que há algo muito errado!
São muito curtos, faço muitas coisas,
Mas deixo muitas outras sem fazer!
Acumulam-se desejos, fazeres, necessidades,
Tenho uma premência torturante de ler,
Faltam-me horas, preciosas horas,
Para ler, escrever, pensar, viver!
Há algo de muito errado com os dias,
São sempre inexplicavelmente curtos,
Impiedosos lapsos temporais insuficientes!
Uma amargura constante, um sabor acre,
Que machuca minha curta existência,
Assinalando minhas insuficiências,
Minha incapacidade de dilatar o tempo!
Sinto uma falta de controlar o tempo,
Tenho uma urgência incontrolável de dilatá-lo...
Mas cruelmente, ele me tortura,
Com o cansaço e o esgotamento,
Então perco as horas de viver, para dormir,
O que põe minha sanidade num fio delgado!
Há algo de muito errado com os dias,
Faltam-lhes horas!
Quem as há subtraído?
Quero-as de volta, porque só assim,
Poderei existir plenamente!
Há algo de muito errado com os dias,
E este errado é a falta de lucidez,
É o ensandecer que me tolda,
Tornando-me alijado de mim!
Os dias...
Há algo de errado!
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