Sinto-me como um piano,
Quando tocado por mãos leves,
Hábeis, dedicadas,
Soo como um instrumento,
Que com sua voz,
Adora a divindade,
Faz com que os anjos,
Em uníssono, reverberem,
Toda minha felicidade!
Mas quando tocado por mãos pesadas,
Ásperas e inábeis,
Desconcerto-me, angustio-me
Estiola-se a beleza dos sons,
Despedaça-me cada acorde,
Que se desfaz num ruído tolo,
Que clama pela delicadeza perdida!
Sou como um piano,
Imóvel, atemporal, expectante,
Por mãos hábeis, ainda não sentidas,
Mas que saibam ao deitarem sobre as teclas,
Acaricia-las, de forma tão terna, tão meiga,
Que possa minh’alma despertar,
Da letargia e do abandono!
Se os acordes dispararem,
No encontro que se promete,
Na velocidade de meu desejo,
Na marcha de meu coração,
Então saberei que nada foi vão,
E que o piano, compõe,
Finalmente,
O hino que enternece,
Que me tira da solidão,
Para dizer do amor que me toca!
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