De repente se faz o silêncio, que se torna abismo,
Um abismo de angústia, de tristeza, de falta,
O tempo passa, a falta se multiplica, e dói,
Tanto mais que há insegurança e medo, imenso,
De romper com um silêncio que não se impõe!
E incompreensível é esta mudez, esta ausência,
Que não se explica, que não tem origem, razão,
Mas que vai se perpetuando na dor da solidão,
Que vai se impondo por uma apatia inexplicável,
Que vai se alastrando pela angústia, pelo medo!
E então, tudo parece perdido, mas não está,
Tudo parece esgotado, mas permanece pleno,
Tudo se esfarela, mas é gigante, ainda maior,
E então, desespero, tristeza, solidão, toldam-me!
Mas, subitamente um sopro, um alento, se faz!
E este sopro é tão somente teu aceno, tão...
Pronto, terno, atencioso, disponível, um aceno,
Sem peso, sem tortura, sem cobranças, sem...
E este sopro é vida, este sopro é felicidade, é
ternura,
E é então que volto à vida, apenas para dizer...
Dizer, sentir e saber... te amo!
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