Respira,
respira fundo enquanto podes,
Enche
o peito, guarda a sensação de poder,
Ter
o ar que te dá vida, inflando pulmões!
Respira,
respira rápido, sofregamente,
Garante
que este ar te dê ânimo, que permita,
Que
se atire à vida com vontade, com desejo,
Arfa,
geme, suspira, mas sente a dor premente!
Se
existes no instante em que respira,
Percebes
que há uma fragilidade latente,
Na
própria ideia de insistir presente,
Numa
história que se alheia sempre,
Daquilo
que pode ser tão só permanente,
Na
contingência de um ser que será ausente!
Vivente,
condição tão precária do existente,
Que
busca a perpetuação insistentemente,
Na
permanência, nos corações e nas mentes
Que
sejam capazes de reter, de forma prudente,
Um
pouco da dor e do sentimento pungente,
Que
carrego e derramo nos versos dementes!
Vivente,
que seja por tempo suficiente,
Para
deixar uma marca, contundente,
Na
forma de amar, assim, tão intensamente.
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