Um livro de um escritor que tem tudo
para ser um dos melhores desta geração de historiadores, Luís Cláudio Villafañe
G. Santos, que dignifica sua carreira diplomática.
Sinopse:
Este livro busca discutir as ideias e o
legado de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, cujo
centenário de morte é em 2012. O autor questiona o consenso formado em torno
das posições do Barão, que influenciaram a política externa brasileira até os
anos 1960 e são eventualmente seguidas contemporaneamente.
O que penso:
Não é uma biografia
de José Maria da Silva Paranhos Júnior, mas antes de tudo uma leitura do cenário
político, cultural e social da passagem do Império para a República. Mostra
como a elite imperial, a Republica dos conselheiros foi a salvação de um país
que foi assaltado por um grupo de militares tresloucados e de políticos
incapazes e inescrupulosos, que usaram o argumento da república para tomar o
poder por meio de um Golpe.
Deodoro não gritou
Viva a República quando depôs inconstitucionalmente ao Visconde de Ouro Preto,
mas gritou Viva o Imperador e voltou para casa.
Benjamin Constant e
Quintino Bocaiúva dois intriguistas perjuros, foram ao Marechal traidor e lhe
disseram que o Imperador Dom Pedro II havia acatado a demissão do gabinete Ouro
Preto, mas que havia chamado para compor o novo gabinete um político gaúcho,
Silveira Martins, um desafeto do Marechal.
Silveira Martins o
chamava de sargentão, pelo desprezo que tinha por Deodoro, e a briga pessoal se
dera na juventude, quando ambos disputaram, em desfavor do sargentão, o amor de
uma mesma prenda gaúcha!
Era mentira, o
Imperador havia chamado para compor o novo gabinete ao Conselheiro Saraiva, mas
nas desinformações que entorpecem os esclerosados, Deodoro ao se lhe apresentar
o Decreto número 1 da República, redigido pelo oportunista e futuro general
nomeado Ruy Barbosa, acabou assinando o decreto em pleno ataque de gota, de mau
humor na banheira de sua casa!
Eis a história
maldita desta república de triste memória!
O livro nos dá uma
visão da atuação de homens, de gigantes que salvaram o Brasil de entregar o
sudeste do Paraná e o oeste de Santa Catarina para a Argentina.
Prosa agradável, boa
revisão, poucos erros, um livro para ler de um só folego, e ao termino deixar
um gosto de querermos mais!
Brilhante!
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