Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

domingo, 9 de setembro de 2012

O Evangelho do Barão




Um livro de um escritor que tem tudo para ser um dos melhores desta geração de historiadores, Luís Cláudio Villafañe G. Santos, que dignifica sua carreira diplomática.

Sinopse:

Este livro busca discutir as ideias e o legado de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, cujo centenário de morte é em 2012. O autor questiona o consenso formado em torno das posições do Barão, que influenciaram a política externa brasileira até os anos 1960 e são eventualmente seguidas contemporaneamente.

O que penso:

Não é uma biografia de José Maria da Silva Paranhos Júnior, mas antes de tudo uma leitura do cenário político, cultural e social da passagem do Império para a República. Mostra como a elite imperial, a Republica dos conselheiros foi a salvação de um país que foi assaltado por um grupo de militares tresloucados e de políticos incapazes e inescrupulosos, que usaram o argumento da república para tomar o poder por meio de um Golpe.
Deodoro não gritou Viva a República quando depôs inconstitucionalmente ao Visconde de Ouro Preto, mas gritou Viva o Imperador e voltou para casa.
Benjamin Constant e Quintino Bocaiúva dois intriguistas perjuros, foram ao Marechal traidor e lhe disseram que o Imperador Dom Pedro II havia acatado a demissão do gabinete Ouro Preto, mas que havia chamado para compor o novo gabinete um político gaúcho, Silveira Martins, um desafeto do Marechal.
Silveira Martins o chamava de sargentão, pelo desprezo que tinha por Deodoro, e a briga pessoal se dera na juventude, quando ambos disputaram, em desfavor do sargentão, o amor de uma mesma prenda gaúcha!
Era mentira, o Imperador havia chamado para compor o novo gabinete ao Conselheiro Saraiva, mas nas desinformações que entorpecem os esclerosados, Deodoro ao se lhe apresentar o Decreto número 1 da República, redigido pelo oportunista e futuro general nomeado Ruy Barbosa, acabou assinando o decreto em pleno ataque de gota, de mau humor na banheira de sua casa!
Eis a história maldita desta república de triste memória!
O livro nos dá uma visão da atuação de homens, de gigantes que salvaram o Brasil de entregar o sudeste do Paraná e o oeste de Santa Catarina para a Argentina.
Prosa agradável, boa revisão, poucos erros, um livro para ler de um só folego, e ao termino deixar um gosto de querermos mais!
Brilhante!

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