O silêncio é tão
eloquente, que se torna insuportável.
Escutar nossos
próprios pensamentos pode ser um exercício angustiante de perceber o quanto
somos estranhos, de fato, a nós mesmos. O quanto somos incoerentes, e o somos,
porque humanos!
Nada há mais
distante, do que aquele que penso que sou, quando me dou o direito ao silêncio.
Nossa sociedade busca privar-nos do abençoado silêncio como forma de alienação
de nós mesmos, como forma de privar-nos de nossa intimidade única.
O silêncio é dádiva,
o silêncio é conquista operosa!
Onde encontrarei a
paz que apenas o silêncio e a escuridão são capazes de me entregar!
Talvez apenas no dia
do juízo final, que pode ser qualquer
dia, que pode ser agora, mas sei que agora não é porque ouço o dedilhar das
teclas do computador, e a luz agressiva de sua tela!
Por que então me
submeto!? Porque o sem sentido de minha vida se preenche de um nada reverberante,
que se espalha pelas telas e pelo tempo, quando escrevo! Não preenche meu
vazio, nem me concede o silêncio, mas nas entrelinhas, nos espaços entre as
vírgulas e os parágrafos, hei de encontrar um pouco, os pensamentos que não sou
capaz de ouvir, porque me falta o silêncio e a escuridão!
Quero o silêncio!
Mas não precisa ser em breve!
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