O livro escrito a
seis mãos pelo pai Luiz Ernesto Wanke, e pelos filhos Marcos Luiz Wanke e
Sérgio Ricardo Wanke, busca contar a história do quadro de Pedro Américo a
partir de cartas adquiridas após um extraordinário achado em sebo de Curitiba,
do próprio pintor ao Barão Homem de Mello, conselheiro do Império e um dos
próceres que permitiram a construção do Monumento do Ipiranga, hoje Museu da
USP.
As cartas são
interessantes e mostram um pintor muito pouco comprometido com sua
nacionalidade, muito mais preocupado em voltar para a Itália onde residia e
onde sempre pretendeu morar.
Seu pouco amor e
pouca consideração pelas coisas do Brasil fizeram com que perdesse a graça do
Imperador Pedro II, que teve de ser convencido a lhe dar a encomenda do famoso
quadro em 1885 e que apenas foi inaugurado no Monumento em 1895, já findo o
Império.
Apesar do achado,
apesar do inusitado da história, apesar de ser um tema absolutamente intrigante
e espetacular, os autores acabam perdendo-se em comentários absolutamente
desnecessários, e muito superficiais. Particularmente o capítulo sobre “UMA
INTERPRETAÇÃO MAÇÔNICA” é particularmente ruim e acaba resvalando em crendices
absolutamente anacrônicas e sem nenhuma conexão com o objeto do livro.
A busca de ao final
promover um julgamento de Pedro Américo é também um aspecto lamentável de uma
descoberta brilhante!
O livro tem uma
prosa que não é agradável, uma revisão para lá de ruim, e não pode ser lido
como um texto acadêmico.
Se vale a pena
lê-lo, isto se deve apenas e exclusivamente por pequenos dados históricos para
quem nada sabe da história do quadro!
Uma promessa que não
se cumpriu, infelizmente, não recomendo.
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