Enquanto a nova Ministra da Cultura é considerada a musa do
movimento gay e defensora da descriminalização do aborto, o seu suplente é um
político que advoga opiniões opostas e que confundem o espaço público com suas
crenças religiosas.
Afirma o vereador Antônio Carlos Rodrigues (PR), que é um católico
praticante, e que por tal é contra o aborto, a eutanásia e o casamento civil
entre pessoas de mesmo sexo, apesar desta questão estar já há muito
absolutamente resolvida com as decisões do STF e do STJ no ano passado.
Estas espúrias ligações partidárias que reúnem em uma mesma chapa
pessoas com pensamento absolutamente irreconciliáveis são o exemplo da falência
do sistema político-partidário que vivenciamos.
A confusão entre o espaço religioso privado e o espaço político
público tende a marcar crescentemente as clivagens dentro da população
brasileira, em detrimento da saudável e necessária liberdade de pensamento.
Defender como parlamentar e alinhar-se incondicionalmente com o
pensamento católico tradicional é um desserviço à democracia!
Os suplentes são hoje uma aberração política que deve ser corrigida
urgentemente. Mas quando o Senado da República perceberá que o cidadão não vota
em suplentes, vota em senadores, que afastados não devem ser substituídos por
quem nunca recebeu um voto!?
Representação é coisa séria, quem não recebe voto não é legítimo representante
dos eleitores.
Reforma política já!
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