O desencantamento do
mundo que Max Weber havia anunciado no início do XX, continua a progredir,
produzindo a desumanização do homem.
Nada mais é sagrado,
porque a sacralidade do humano é parte da magia que atribuímos ao mundo que nos
cerca. Avançamos nas técnicas de domínio das forças da natureza, a submetemos
aos nossos desígnios de obter energia, alimento e subprodutos, para a produção
de uma gama infindável de objetos dos quais nenhuma necessidade temos.
A tecnologia não está
mais a serviço das necessidades humanas, mas apenas a serviço de sua própria e
ensandecida reprodução, sem qualquer medida humana que lhe ponha um limite aceitável.
Penso o que nos
sucederá quando um colapso qualquer afetar a Internet, ou a energia do mundo
esgotar-se abruptamente num passo de mágica, ou quando não pudermos mais ligar
computadores, acessar nuvens, o que seremos nós!
Estamos caminhando
para o abismo, um abismo ainda mais profundo do que o da ignorância, um abismo
habitado pela incapacidade de imaginar e pensar para além do que a tecnologia
nos permite sonhar!
Acreditamos que os
provedores, as nuvens e os gadgets estarão sempre prontos a funcionar, mas isso
não é absolutamente verdade!
Os chineses acabaram
de pisar na lua, e ainda há seres humanos que creem ser uma fantasia a viagem
da Apolo 11.
Os humanos foram
muito além de sua condição de verdadeiros primatas, mas esqueceram de levar junto
em sua bagagem a magia do extraordinário, a ideia, a convicção do pertencimento
a uma realidade divina, que existente ou não, é apenas e tão somente a garantia
de que existimos para além de uma natureza que é em tudo, melhor que nós!
O desencantamento do
mundo é o que permite a Jihad, o Papa Francisco e o Muro da Cisjordânia.
Torcemos o nariz para Bento XVI, mas ele era a única fonte de sanidade e
santidade, num mundo politicamente correto e absolutamente abandonado por Deus!
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