Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Certezas






Não tenho certezas,
Porque elas são confortáveis,
E eu vivo em desassossego...

Não tenho certezas,
Porque não há nada mais perigoso,
Do que crer que sabemos...

Vivo a dúvida e a incerteza,
Ontem, hoje, amanhã,
Pelo simples fato de que,
Tudo que sei e sinto é precário.

Mesmo a certeza da dúvida,
Não me consola, porque como tal,
Não acredito que subsista
A um momento de sofreguidão!

Não tenho certeza e temo,
De uma maneira aterradora,
Todo aquele que afirma saber,
Verdades insofismáveis...

Não tenho certeza, porque tão pequeno,
Num Universo tão imenso de incertezas,
Numa vida tão precariamente mantida,
Sem nada que garanta segurança!

Não tenho certezas,
Tenho dúvidas, tantas,
Que me fazem partir sempre,
Para qualquer lugar,
Onde a tolerância não seja mais,
Do que a medida da dúvida razoável,
Sobre o fato de não termos certezas!

Certezas, conforto perigoso,
Que faz dos homens menos humanos!

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