O tempo é grandeza que não se mede com régua,
Porque se de ti estou próximo, voa,
Se de ti me afasto, se arrasta.
O tempo se deforma conforme o sentimento,
Que embala meus sonhos, que ampara meus
pensamentos,
Que faz de mim desamparado, sempre que de mim não
te acercas!
O tempo é como uma neblina densa, que não permite,
Ver para além de um palmo da ansiedade que sinto,
De estar todo o tempo contigo, nenhum tempo
afastado!
Assim, sinto o tempo que demiurgo criou,
Como deus, como Cronos, para fazer-nos intuir,
A bem-aventurança do amor, a tortura da solidão!
Mas se no tempo que medeia, entre o adeus e o
reencontro,
Medrar em teus lábios, um sorriso esconso,
Saberei então que clepsidra segue, até nosso novo
encontro!
E o tempo é também generoso, porque sempre avança,
Não há temor de que pare e nos deixe em abandono,
E de toda forma hei de ir ao seu encontro, hoje,
amanhã, depois...
Mas, se a ansiedade da distância toldar-lhe o cenho,
Não entristeças meu amor, saberás que vou ao teu
encontro,
Pois os dias conspiram a nosso favor, e hei de
estar de novo,
Determinado pelo teu encanto, a vencer o tempo. Quanto tempo...
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