Não
sabemos quando o encontro se dará.
Não
sabemos nem mesmo, se ele se dará como desejamos,
Porque
a vida é antes de tudo uma sucessão de desencontros,
Um
verdadeiro emaranhado de possibilidades...
Nossos
valores e nossa cultura que têm se desconstruído,
Trouxeram
outrora a necessidade da permanência,
A
tecnologia, essa nos legou o sentido da precariedade,
E
com ele o fim de todas nossas certezas...
Assim,
os encontros não são mais desejados,
Nem
nos trazem mais a concretude do perene,
Fundamentam-se
na fugacidade do apelo fácil,
Não
têm mais a busca da devoção e da doação!
Com
o mundo em aceleração, com o tempo relativo,
Escravizados
pelas necessidades que não temos,
Dobrados
sobre contingências outras que não nossas,
Somos
incapazes de realizar nossa humanidade no outro!
É
assim que nossos encontros, são antes prenúncios,
De
desencontros mais doloridos e efêmeros juramentos,
São
encontros arranjados pela cupidez, não resistentes...
À
dor, ao sofrimentos, ao compartilhar de destinos!
Daí
por quê, quando do encontro que promete,
Toda
verdade e toda luz, que anima cada parte,
Não
há porque titubear, mas antes buscar,
Lançar-se
todo inteiro, na cama, no espaço de amar!
E
esse encontro, quando há de se dar, busca...
Não
apenas a satisfação do desejo e dos sentidos,
Mas
a construção do outro, a multiplicação do nós,
A
beleza, a leveza, o encantamento da devoção!
O
encontro, como sublime realização da humanidade!
Da humanidade que habita em mim, e se realiza...
No ato de entregar-me ao outro, pelo outro...
De pensar e viver, para a sublimidade da entrega!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sentir, Pensar, Expressar! A Intenet tornou possível a qualquer homem, a qualquer mulher, expressar tão livremente seu pensamento e seus sentimentos, quanto o são em realação ao seu existir! Eis o resultado!