Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Dor de amar






A dor de amar,
Sentimos todos os dias,
Quanto mais sentimos falta do amado,
Mesmo que ele esteja perto,
Mas nunca tão perto quanto o desejamos!

Tua presença anuncia tua falta,
Tua incompreensão anuncia minha dor,
Tua beleza amplifica minha insuficiência,
De tua presença, de tua permanência!

Se disser que sou apaixonado,
Diz-me que não o és tanto quanto eu,
Como posso suportar esta falta
De paixão, de desejo,
Que habita em ti, que falta em mim?

Talvez devesse aceitar que há sempre,
Um mais amante, e um mais amado,
Mas como o amante, consegue,
Olhar-se no espelho, divisar suas ansiedades,
Se me fazes falta agora, se desejo,
Apenas ver-te os olhos, diluir-me.
Fundir-me em ti, derreter-me,
Sem remédio, sem esperança,
Diluído na dor de amar, diluído no fogo da paixão!?

Não, não te ausentes de mim,
Porque as dores que sinto,
Que são dores de felicidade,
Por saber que tu és minha,
Ainda assim são dores,
Que me tornam, o mais apaixonado,
O mais perdido dos homens,
No encantamento de te desejar!

Não, não te ausentes de mim,
Senão morrerei sob o pé de roseira,
Ficarei lá, lacerado pelos acúleos,
Atormentado pelo perfume,
Ausente de mim, porque ausente de ti!

Retornas rápido, estou aqui,
Com uma imensa vontade de gritar,
Teu nome, mil vezes, mil,
Apenas para que tenhas certeza,
De que és tu minha amada,
E que sempre o foi,
Desde o momento que te amei,
Pela primeira vez, que te desejei,
Pela primeira e eternas vezes,
Que te encontro, para logo a seguir,
Desencontrar-te, e desesperar-me.

Sim, para mim, parece-me que somos,
Almas em espelho, presas no tempo,
Mas afastadas no espaço, um espaço,
Que cruel marca a distância entre mim,
E minha felicidade, que sempre se resume,
Em perder-me dentro de ti...

Ao perder-me, sinto a dor, a dor
De amar!

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