Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

sábado, 25 de janeiro de 2014

Tempo






Quanto tempo faz?
Quanto tempo foi?
Quanto tempo há?

Se o tempo faz sentido,
Só faz diante de nossas urgências,
Que não são outras,
Do que a satisfação de nossos desejos,
Do que a satisfação de nossas necessidades,
Não as que nos dão sobrevivência,
Mas as que nos colocam no risco da perdição,
Necessidades determinadas pela ansiedade,
Necessidades determinadas por nossa loucura,
Por nossa paixão, por nossa desrazão,
Que se resume, em querer viver,
Para além do tempo,
Para além de nossa miserável,
Curta, Vida...
O tempo denuncia,
Mais que tudo,
Nossa incompetência em compreender,
Que não há tempo,
Não há o que esperar,
Há sempre uma emergência,
Uma urgência do fazer,
Do querer.
Do viver,
Que é só nossa,
Porque o tempo,
Só faz sentido,
Com a consciência que temos,
De que a morte,
Põe um ponto final,
A tudo que é vivo,
E assim,
Estabelece um ponto final,
Para aquilo que nem precisava ter começado,
Mas começou,
Como resultado de um ato de amor,
Como resultado de um ato de desejo,
Mas que começado,
Tem de acabar,
E este intervalo,
O Tempo,
Mede nossa ansiedade,
De existir.

Que existamos,
Para além da morte,
No ato, no segundo,
De amar!

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