Sinopse
Dividido entre uma princesa pura,
leal e sofredora e uma mulher independente, forte e fogosa, Dom Pedro I viveu,
paralelamente às convulsões que tornariam o Brasil independente de Portugal,
uma vida pessoal igualmente complicada. Em 'A Carne e o Sangue', Mary del
Priore procura retratar o triângulo amoroso que escandalizou a então insipiente
sociedade brasileira com sua prosa em ritmo de romance, incluindo trechos de
cartas da imperatriz e do imperador.
O que penso:
Muitas vezes acreditamos nos livros
escolares que de forma irresponsável nos dizem que o regente Pedro de Alcântara
no riacho do Ipiranga quando retornava a São Paulo, gritou “Independência ou
Morte” e pronto se deu a separação do Reino Unido do Brasil (desde 1815) do
Reino Unido de Portugal e Algarves. Não, não foi assim, pois ao receber a
correspondência da arquiduquesa Leopoldina sua esposa e do Ministro dos
Negócios Interiores do Brasil Jos[e Bonifácio de Andrada, o future imperador
parou e proclamou a sua comitiva:
“As Cortes me perseguem, chamam-me
com desprezo de ‘rapazinho’ e ‘brasileiro’. Pois verão o quanto vale o
rapazinho. Nada mais quero do governo português e proclamo o Brasil para sempre
separado de Portugal.”
O texto que podemos
ler na página 91 da obra de Mary del Priore é esclarecedora de fatos que são
muito importantes para a construção histórica da identidade do Brasil. Ao
chegar a São Paulo é que o já aclamado na capital paulista Rei do Brasil, irá
criar o divisa “Independência ou Morte”! Tal divisa, mais a escolha das cores
verde de Bragança e amarela de Habsburgo, transformam-se em símbolos nacionais
que o monarca legou para as futuras gerações de brasileiros!
Excelente livro, agradável,
leve, e para consumo do público geral, sem descurar de certo rigor acadêmico.
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