O gram juyzo esperando
Jaço aqui nesta morada,
Também da vida cansada
Descansando.
Pregunta-me quem fuy eu,
Atenta bem para mi,
Porque tal fuy com’a ti
E tal hás de ser com’eu.
E pois tudo isto vem,
Ó leitor, de meu
conselho,
Toma-me por teu espelho
Olha-me e olha-te bem.
O epitáfio de Gil Vicente (1465-1537) serve para
nossa reflexão, ao olharmos no silêncio dos cemitérios os que nos precedem no
nada e no esquecimento, não devemos olvidar que olhamos para nosso próprio
espelho!
Mas não é motivo de
tristeza, antes de alegria. Estou vivo hoje, amanhã não sei, ninguém o saberá!
Portanto, façamos de cada dia o último!
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