Desde o início do imbroglio
envolvendo o ex-presidente Lula da Silva e o ministro Gilmar Ferreira Mendes,
divulgado na VEJA desta semana, já sabíamos, o que Lula da Silva quer é melar o
julgamento do mensalão.
Tal desiderato já se desenhava claramente com a
criação da CPI do Cacheira. O Procurador Geral da República está indignado com
a instrumentalização do Estado, não compareceu à forjada CPMI e ficou em
silêncio no meio da mais escandalosa farça política já montada nesta pobre
República de Bananas.
Nesta terça, fomos esclarecidos do porque o ministro
Gilmar Mendes levou 30 dias para divulgar a inusitada conversa a que foi
convidado no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, que se prestou a um dos
atos mais torpes de que se teve notícias nas terras onde canta o sabiá.
Relata o ministro Gilmar Mendes, ex-presidente do STF
e junto com Celso de Mello, Marco Aurélio Mello e Luis Fux, os mais preparados
ministros da Corte, que o ex-presidente Lula da Silva vem promovendo intrigas
contra ele para o constranger e ao tribunal e assim tentar "melar" o
julgamento do mensalão.
A demora na divulgação da ofensiva e insana conversa
entre Mendes e Lula da Silva, foi porque não acreditou o ministro que o
ex-presidente pudesse vir a agir como uma "central de divulgação" de boatos
sobre a ligação do miinistro com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e por
conseguinte com o empresário Carlos Cachoeira, acusado de operar um esquema de
corrupção. Nos bastidores o processo de chantagem do ministro entrou em
funcionamento buscando nas palavras de Gilmar:
"O objetivo era melar o julgamento do mensalão. Dizer
que o Judiciário está envolvido numa rede de corrupção."
Ao contrário do que a FOLHA divulga hoje, as
declarações do ministro Gilmar Mendes nào elevam o tom de seu confronto com
Lula da Silva, que não poderia ser o mais indigno e mais podre da história do
Brasil.
Ora o que o ex-presidente quer e disse é que o
julgamento do mensalão deveria ser adiado para depois das eleições deste ano
sugerindo ao ministro que poderia garantir proteção na CPI que investiga
Cachoeira.
A nota indignada de Lula da Silva é um troféu de
indecência política, uma demonstração da mais torpe atuação quadrilheira na
política.
A assessoria do ex-presidente disse que ele não se
manifestaria mais sobre o assunto? Claro que sim, manifestar o que? Está claro
desde o primeiro momento que as pressões
sobre o ministro do STF para que o julgamento do mensalão seja adiado seguem
uma "lógica burra, irresponsável,
imbecil" voltando a defender a realização do julgamento ainda neste
semestre. Mas o mais grave é que todos os ministros visitados pelo
ex-presidente e silenciosos estão desde já suspeitos, que aqueles por ele
indicados, todos estão sob suspeição, e Dias Toffoli é a vergonhosa face de
plantar na mais alta corte toda a indignidade de uma relação espúria de
amizade.
Mas no episódio da indicação de Dias Toffoli não é só
Lula da Silva que tornaram a Corte um clube de amigos do ditador de plantão,
mas devemos também apontar o dedo acusador a um Senado da República formado por
indigentes personalidades, indigno de suas funções, que foram incapazes de
vetar um nome que não reúne, sob quaisquer aspectos que se lhe aproxime o
olhar, as exigências que a Constituição faz para a escolha de ministros do STF.
Para todos os que nunca se iludiram com a prática
política do PT e de Lula da Silva, nada disso é surpresa. Para as viúvas da
velhinha de Taubaté, a maioria do povo brasileiro, nada mais do que o
escancarar da verdade política dos últimos 10 anos.
Não há que falar em legado político manchado, há que
reconhecer que o legado político de Lula da Silva fica, com todo este episódio
explicitado, aberto, escancarado, mostrando que o único presidente que
conseguiu levar o Coronelismo ao centro do poder no Brasil, levou junto as mais
torpes práticas políticas de nossa prática patrimonialista.
Somos todos responsáveis, porque eleitores deste medíocre
e corrupto Senado, somos responsáveis por permitir a instrumentalização do
Estado. Somos responsáveis por procurarmos salvadores da pátria. Somos os
únicos responsáveis pela vergonhosa página da História que se escreve neste
momento!
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