Um pouco de biografia do autor (Livraria Cultura)
Joaquim Manuel de Macedo nasceu em Itaboraí, Rio de
Janeiro, em 1820. Há poucos registros de sua biografia até a formatura em
medicina, em 1844. ' A Moreninha', publicado em folhetim, em 1844, mesmo ano em
que se formou, obteve enorme sucesso de público e deu início à carreira do
escritor. Depois de 'A Moreninha', publicou 'O Moço Loiro' e cerca de outras 40
obras, entre romances, peças de teatro, contos, crônicas, mas foi no romance
que mais se destacou. Na década de 1840, dedicou-se ao jornalismo e a entidades
culturais, como o Conservatório Dramático e o Instituto Histórico e Geográfico,
que viria a presidir em 1876; também ingressa na política, sendo deputado pelo
Partido Liberal. Em 1849, juntamente com os escritores Porto Alegre e Gonçalves
Dias, fundou a revista Guanabara, em que publicou grande parte de seu poema “A
nebulosa”. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1882.
Sinopse:
'A Carteira de Meu Tio' de Joaquim Manuel de Macedo
fala sobre a política do Brasil do Segundo Império. O autor descreve o político
brasileiro da época. O protagonista da história é um jovem cujo tio financia
sua viagem de estudos à Europa, na qual ele só se preocupa em aproveitar a vida
e faz tudo menos estudar. Na volta, inquirido pelo tio sobre seu futuro, decide
tornar-se um político, aquilo que considerava ser a melhor maneira de
enriquecer e ter poder sem ter de trabalhar tanto assim. O tio, reconhecendo,
de início, no sobrinho duas características indispensáveis para exercer essa
profissão era um impostor e um atrevido, exige que antes de entrar na vida
pública ele viaje a cavalo pelo Brasil para conhecer seu povo e suas
necessidades. Nesta viagem, o autor fornece uma imagem da política e dos
políticos da época.
Nossa opinião sobre o livro:
O texto de Joaquim Manoel de Macedo é maravilhoso,
faz uma crítica de época que tem uma atualidade cortante, pode ser lido como
livro de época, do século XIX e do Império do Brasil, mas também e tristemente,
como válido para o Brasil do século XXI, mostrando que em século e meio a
política e a sociedade pouco evoluíram no Brasil. O livro é de fácil leitura,
agradável e o reflexo de um dos maiores romancistas brasileiros. Uma obra que
não pode e não deve ser esquecida por todos nós!
Com certeza há uma intelectualidade que
o tem recuperado, o que enaltece nossas tradições, e faz com que sua atualidade
seja uma mensagem de alerta, um convite à reflexão do que é que estamos fazendo
hoje no nosso Brasil!
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