No dia de ontem (30) o Partido dos Trabalhadores (PT)
, mais uma vez, declinou publicamente o seu apoio ao coronel ditador da
Venezuela, nas eleições de 7 de outubro.
Muito curioso! No Brasil muitos de seus parlamentares
vociferam contra a Ditadura Militar, se diziam democráticos, apóiam ditadores
em outros países dizendo-se vestais que não interferem em política interna, mas
no vizinho do norte, apoiam a opressão e a sujeição de um país à sanha ditatorial
de um militar golpista.
De peito estufado, e crendo estar fazendo um manifesto
pela Democracia, pela liberdade dos povos, pela autodeterminação de nossos
irmão venezuelanos, Rui Falcão, presidente do PT, afirmou:
"Estarei em julho em Caracas para manifestar nossa simpatia e apoio
ao presidente Chávez, sem nos intrometermos nas questões internas da
Venezuela".
Como manifestar apoio sem se intrometer, é como chegar na casa do vizinho e dizer, não quero me intrometer, mas seu marido está certo, sua roupa está muito curta!
Ocorre que o regime venezuelano, aapelidado de socialism
bolivariano, seja lá o que for, na realidade é absolutamente igual ao fascismo
italiano do início do século passado. Talvez apenas o que lhe falte
institucionalmente seja o corporativismo, elemento não essencial e mais que
tudo, apenas propagandístico daquele movimento político.
Como regime de direito que é, tem sua expressão mais
acabada no empastelamento da imprensa, na interferência e castração do
judiciário e na exportação acrítica de seu modelo. A rizível afirmação de que o
PT apóia todos os governantes que atuam em favor do povo, expõem a vergonhosa e
escandalosa guinada à direita do PT, bem como sua admiração pelo populismo mais
retrogrado.
Na realidade o atual discurso e prática do PT nada
mais é que assumir, plenamente a sua herança de partido peleguista do
sindicalismo chapa branca criado na década de 40 do século XX, durante o regime
do coronel Vargas!
Os ídolos do PT assim são Cristina Kirchner, que hoje
está arruinando a Argentina, tristemente, na Bolívia um líder cocaleiro Evo
Morales, que invadiu o patrimônio brasileiro com tropas do exército, no Perú
Ollanta Humala, que governa com todas as mazelas do processo político venezuelano.
Como Dilminha, a presidente, no fundo não é petista,
mas pedetista caudilhesca, lá dos pampas gaúchos, apesar de mineira, o governo
brasileiro se absteve de manifestar apoio, até aqui, ao coronel ditador.
Governar para o povo é permitir a alternância de
poder, é permitir até o limite da radicalidade a Liberdade Absluta de Imprensa,
é garantir a Independência do Judiciário, é fomentar a pluralidade das
correntes politico-partidárias, é antes e acima de tudo, a mais absoluta defesa
da segurança juridical. Em nenhum destes países há sequer sinal disso!
Como o poder corrempe! Salve Brecht!
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