Hoje quando recebemos a notícia de Ricardo Zuñiga
irá ocupar a Assessoria para a América Latina de Barak Obama, ficamos ainda
mais esclarecidos dos equóvocos de Lula da Silva durante seu período
presidencial em materia de Relações Internacionais.
O ex-presidente não conseguiu ocupar o lugar de
líder da América Latina, tendo sido ultrapassado por Kirchner, Chaves, Morales
e por Rafael Correa. Não porque não fosse mais sólido politicamente, não porque
governasse um país menos expressivo politicamente, mas porque durante seu
período de governo a política externa brasileira não só perdeu o seu fio
condutor histórico, como foi incapaz de encontrar um lugar coerente, sério e
relevante na concertação internacional.
Defendeu Zelaya, uma criatura de Chaves, que
pretendia, desobedecendo a ordem jurídica de seu país, perpetuar-se
politicamente, instalando mais uma ópera bufa do Socialismo "latino
americano", comportando-se como satélite da falida Venezuela.
Defendeu e enalteceu Fidel Castro e seu regime de
fancaria, um regime dinossáurico que só sobrevive na medida em que os Estados
Unidos insistem na infeliz política de isolamento e bloqueio da miserável ilha,
mas onde não há democracia, não há liberdade, não há alimentos, não há imprensa
livre, ou seja, a Ilha da Faltasia. Curioso perceber que a aliança entre Fidel
e Bloqueio é o que mantém viável o regime da ilha.
Fez com que o Brasil se comprometesse com uma visão
equivocada das FARC, que de grupo terrorista, que sequestra turistas e se
financia com narcotráfico, foi por nosso país reconhecido como insurreição, o
que é uma rematada sandice, e uma infeliz interferência política num Estado que
é, sabidamente, a democracia mais antiga da América do Sul. Mais perverso foi recebê-los
no Fórum Social, seja lá o que foi isso!
Não quis reconhecer o governo constitucional de
Honduras por não lhe reconhecer legitimidade, mas recebeu o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que sabidamente venceu uma
eleição fraudulenta, e que tem imposto o medo e a violência para permanecer no
poder contra a vontado do povo, contra a liberdade pública, contra a liberdade
de imprensa.
Payam Akhavan, professor de direito internacional
na Universidade McGill no Canadá e ex-promotor da ONU na Haia, faz no dia de
hoje na FOLHA um pedido de pensar a relação do Brasil com um país sabidamente
anti-democrático, com um presidente ilegítimo e apela pela solidariedade do
povo brasileiro.
Recebeu títulos honoris causa, na medida que
é políticamente correto honrar um presidente operário, mas mal fala o português
com correção, utilizando bravatas vulgares para fazer com que o povo continue a
dar-lhe apoio, apoio este que custa cada vez mais caro ao Estado brasileiro a
ponto de o déficit público estar em alta e a inflação e a desindustrialização
começarem a preocupar.
Foi incapaz ainda, de defendendo a liberdade e a
autonomia dos Estados latino-americanos se opor à instalação de bases
americanas tão próximas da Amazônia, sem nenhuma dúvida, um risco não calculado
pelo Brasil, à sua soberania. Ainda, permitiu que bens da Petrobrás fossem
ocupados por Exército estrangeiro e nacionalizados, sem nenhum protesto,
submeteu-se a revisão do acordo de Itaipú, sem discutir quem pagará o custo das
prebendas ao novo presidente paraguaio. Isto sem esquecermos que pagamos uma
das mais altas tarifas de energia do mundo, cuja matriz é hidroelétrica.
Assim, de fracasso em fracasso, nosso pai dos
pobres terminou com 80% de aprovação. Ora, de quem é a culpa de o país
realmente não se consolidar como um Estado de Direito, como uma grande
democracia em Desenvolvimento. Sim, a culpa é de um povo sem instrução, sem
educação, sem memória histórica, resultado de um perverso período de ditadura
que nos trouxe ao atual momento político.
A recente indecorosa e criminosa proposta de Lula
da Silva a Gilmar Mendes para retardar o julgamento do mensalão têm a cara do
oportunismo, da indecência e da imoralidade instalada com o PT no Governo
Federal. Aquele mesmo partido que não quis assinar a Constituição de 1988 pelas
razões que hoje não só pratica como defende!
Precisamos urgente de uma mudança institucional,
democrática e de direito!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sentir, Pensar, Expressar! A Intenet tornou possível a qualquer homem, a qualquer mulher, expressar tão livremente seu pensamento e seus sentimentos, quanto o são em realação ao seu existir! Eis o resultado!