A
França, o berço do Iluminismo, também tem os seus dias de estupidez e de
politiquice bizarra!
No
dia de hoje, 29 de junho de 2012, o excelentíssimo senhor primeiro-ministro da
França, Jean-Marc Ayrault, garantiu que seu governo aprovará o casamento gay e
a adoção por casais do mesmo sexo, como prometeu durante a campanha
presidencial o socialista François Hollande.
Senhores,
não há casamento gay, o que há é apenas casamento, posto que a união de seres
humanos, sem distinção de sexo, como preceitua o nosso artigo 5º. Caput da
Constituição de 1988, permite, numa evolução hermenêutica, compreender que o
casamento entre pessoas de mesmo sexo não é uma possibilidade, é um imperativo
constitucional.
Diz
o primeiro ministro:
"O direito ao casamento e à adoção para todos
será garantido e as ferramentas de luta contra a discriminação serão reforçadas.”
O
nosso STF ao garantir que a união estável de casais homoafetivos gozava dos
mesmos favores legais e de suas mesmas prerrogativas, ao não distinguí-la da
união de homem e mulher, sancionou a possibilidade inafastável do casamento
entre pessoas do mesmo sexo.
Parece-me
cada vez mais inadequada a aplicação de adjetivos ao casamento, como casamento
gay ou casamento homoafetivo. Há apenas um tipo de casamento, entre pessoas que
se amam, independentemente do sexo que possuam. Vamos parar de falar em união
homoafetiva, de casamento gay. Todos somos iguais, mas antes de iguais, somos
livres para fazer escolhas, daí, não há porque simplesmente afastar ou negar a
possibilidade do reconhecimento do casamente a quem quer que seja.
Ora,
o casamento de dois homens ou de duas mulheres, afeta no que minha vida? Não me
afeta absolutamente em nada, não me causa qualquer constrangimento, nem
qualquer problema. Se provocar é pelo simples fato de que ainda não saí do
armário!
Desta
forma o Brasil, com sua sociedade plural, está à frente da sociedade francesa,
mas mais importante, a mutação constitucional, levada a efeito pelo STF é um
momento brilhante de atuação positiva e de ativismo judicial que traz para a
sociedade brasileira o orgulho de estar se construindo como uma sociedade
plural, como uma sociedade:
SEM PRECONCEITOS
Ora,
o Executivo francês apresentará uma proposta legislativa para facilitar o
caminho para os transexuais, reforçando as recomendações do Conselho da Europa,
segundo Ayrault, proposta esta desnecessária, se tomarmos como ponto de partida
a dignidade da pessoa humana.
Homossexualidade não
é crime, crime é desumandidade, seja ela, ou tenha ela, a forma que tiver!
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