Estou condenado ao
silêncio,
Um silêncio que me é
caro,
Um silêncio que me é
necessário,
Um silêncio que mimetiza
a permanência na morte!
O silêncio que me aflige,
Aflige-me porque não me
faço compreendido,
Porque não percebem que,
Minha privacidade é só
minha,
Minha vida me pertence
tão só,
Que o que vivo,
Particularmente com
paixão,
Não pode tornar-se
público,
Sob pena de roubar-me a
mim!
Roubar meu viver,
Roubar meu sonhar.
Roubar meu momento!
Sim, estou condenado ao
silêncio...
Não me perguntes o que
penso,
Não me perguntes o que
sinto,
Não me perguntes o que
não posso responder!
Não o posso,
Porque roubaste-me a
inocência,
Porque dividiu com o
mundo o que é só meu!
Estou condenado ao
silêncio,
Porque nada há a falar,
Quando falar já não mais
faz sentido!
Não porque não ame,
Não porque não fosse
verdadeiro,
Mas porque foi-me
roubado!
Sim, condenado ao
silêncio...
Mas se permaneço em
silêncio...
Morro!
Resta-me pouco tempo,
Quanto tempo?
Não sei,
Mas a condenação ao
silêncio,
Só pode matar,
Uma alma devorada pela
palavra.
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