Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

terça-feira, 5 de junho de 2012

O prazer plebeu de falar de Elefantes




Hoje vemos pessoas afirmarem que muitos reis e imperadores só são lembrados por uma frase, um quase nada. Não esqueçamos que há muitos mais presidentes de republiquetas dos quais não lembramos nem do nome!
Quando Louis XIV disse “L’Etat cést moi” disse muito mais que “O Estado sou eu”, fez na realidade uma dissertação de política, de ideologia política que fundamentado em Bodin, definia o Estado Absolutista com fundamento no direito Divino dos Reis!
É por isso que é tão importante a celebração do jubileu de diamante de Elizabeth 2ª que reina sobre a Inglaterra e mais de 16 países. Devemos nunca esquecer que foi ela que venceu a guerra sangrenta entre protestantes e católicos no Ulster, o que conhecemos por Irlanda do Norte!
O Rei da Espanha hoje custa muito mais barato aos súditos espanhóis que o Presidente de Portugal aos seus cidadãos. E acentue-se que o Presidente de Portugal é apenas chefe de Estado e não de Governo, como acontece no Brasil.
As críticas recentes a Don Juan Carlos I de Borbón, Rei de Espanha, são absolutamente desmedidas e infundadas. Foi este Rei que defendeu a democracia na Espanha, foi o grande responsável pelo Pacto de Moncloa, foi o garante do Primeiro Ministro Socialista Felipe Gonzales, e é o ponto de equilíbrio e de continuidade do Estado Espanhol, que é de fato uma Federação.
Qual seria a vantagem que o povo espanhol teria ao eleger um Lula da Silva, ou um Costa e Silva, ou ainda um Arthur Bernardes, ou ainda um Collor de Mello? Não, não haveria qualquer vantagem em tornar-se cidadão de uma Espanha ignota, absolutamente despida de suas tradições. Sobre os espanhóis hoje, reina um homem que é descendente de Filipe IV, Rei de Espanha pela graça de Deus, e porque neto de Luis XIV.
Lá há na chefia do Estado alguém que para defender a honra de Espanha não se furta a dizer: 

¿Por qué no te callas?

Nosso então presidente Lula da Silva viu as refinarias da Petrobrás invadidas por um Exército, viu as obras de uma empreiteira brasileira com financiamento do BNDES no Equador serem desapropriadas e não pagas e nem mandou calarem-se os ditadores de plantão!
Considerar escândalo o recém acidente de Don Juan Carlos de Borbón quando participava de um safári em Botswana, é fazer uma crítica plebeia, descabida e nada inteligente. A caça sempre foi o esporte dos reis, mesmo dos mais modestos como o pobre Luis XVI. O direito aos animais do bosque e da floresta sempre foi um dos apanágios da realeza. Melhor e menos prejudicial aos súditos do que o direito imperial que submete os cidadãos à vontade espúria dos presidentes das repúblicas, obrigando-nos a pagar impostos abusivos, pagar pedágios, criar bolsas disto e daquilo e ainda gozar de uma faculdade mágica e inverossímel de tornar tudo relevância e urgência!
Desculpem-nos as viúvas do republicanismo mas, sinceramente, a vontade de Deus sempre é mais eficiente, mesmo que muitas vezes confundamos alguns reis com Nero que acima de tudo, estava à frente de seu tempo, ou ainda com Calígula, que apesar de ter feito seu cavalo senador, teve a coragem de estender por todo o império a cidadania romana.
Vamos lembrar de nosso presidentes: 

Upa,Upa, Upa, cavalinho sem medo, leva pra Brasília o Presidente Figueiredo!

Viva Don Juan Carlos I de Espanha! Viva Izabel II de Inglaterra!

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