No
dia de hoje o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Félix
Fernández, afirmou que a decisão da Cúpula do Mercosul de suspender o país do
bloco carece de "validade formal e legal", e
"deplorou" a incorporação da Venezuela ao bloco formado
também por Brasil, Argentina e Uruguai, visto que, se tomarmos como parâmetro
da legalidade da incorporação daquele país ao Mercosul, estando suspenso um de
seus membros, é o mesmo que promulgar uma Emenda Constitucional no Brasil
durante a existência de intervenção em Unidade da Federação, ou mesmo na
vigência de Estado de Defesa ou de Sítio. Diz com todas as letras o chanceler
paraguaio:
"A decisão é ilegal, ilegítima e viola o
devido processo. Não tem validade moral e material. No Paraguai não houve uma
ruptura da ordem democrática, ela está em plena vigência. Os direitos e as
liberdades continuam garantidos".
Aliás,
mais garantidos do que no governo do bispo prolífico! O Paraguai procedeu ao
impeachment do presidente bispo em dois dias, o Mercosul procedeu à suspensão
inquisitorial do Paraguai em menos de duas horas, ou melhor, pela imprensa,
mesmo antes de iniciada a reunião, e aqui sim, sem o devido processo legal, já
que a suspensão não pode ser um processo político, mas um processo legal.
"Todas as decisões que dite o Mercosul sem a
representação do Paraguai não têm e não terão validade jurídica e não obrigarão
o país".
Todos os brasileiros
de bom senso, todos os argentinos honestos, todos os uruguaios fiéis aos
compromissos de seus país não podem discordar da frase lapidar do chanceler
paraguaio.
Vergonhosa a atuação
de Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai. Já não vimos esta tríade
contra o Paraguai antes?
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