Um aspecto interessante
da imprensa brasileira é que um dos poucos jornais que se vangloriava de sua
imparcialidade política, e não disse neutralidade, vem se tornando caricato
quanto à defesa de posições incompatíveis com sua presumida liberdade de
informação.
A FOLHA
agora divulga que os seus leitores não recomendam pressa no julgamento do
Mensalão, já que há divergências públicas entre os ministros do STF, e pior,
que deve haver harmonia neste julgamento, sabendo-se lá o que deva ser esta
harmonia para julgar, e que este não tome contornos políticos.
O STF para
além de uma corte constitucional é fundamentalmente uma Corte política. E isto
não é só no Brasil, veja-se reiteradamente os impactos políticos das decisões
da Suprema Corte dos Estados Unidos.
Segundo o
jornal os seus leitores apontam problemas:
A discórdia
entre ministros é nítida, a conduta não se mostra ilibada, o relator do
processo se desentende com o revisor, o presidente do tribunal sofre pressão,
não arrefece e oficia com mão de ferro.
Todos sabemos que os
eleitores do PT são mais politizados e organizados que os de outros partidos,
são também muito mais instrumentalizados e melhor arregimentados a partir de
sinecuras. O PT vem de se tornar um cancro que acomete e adoece a tessitura social
e política do Estado brasileiro. É paradigmático que a presidente da República
só passou a fazer parte do PT em 2003, antes era uma PDTista dos pampas
gaúchos, que trouxe consigo e em sua formação política, o caudilhismo de Júlio
de Castilhos e de Borges de Medeiros.
Uma boa forma de
inocentar o PT e seus asseclas é começar por discutir a lisura do STF, sua
harmonia, e a aplicação da justiça no julgamento mais indecente a que o Brasil
já foi exposto.
Assiná-lo que durante
mais de dois anos, encaminhei textos para discussão na FOLHA que nunca
encontraram espaço ou tempo para serem considerados. Excetuado o fato de que
sou um polemista com raízes no pensamento de Carlos Lacerda, e que talvez
escreva muito mal, o fato concreto é, que a visão de todos aqueles que
discordam em tese, das teses da FOLHA, não encontram mais espaço nas páginas do
jornal.
O ESTADÃO com sua
clara linha editorial e com seu respeito aos leitores quando se alinha a uma
corrente de opinião de forma clara e inequívoca, torna-se assim um veículo mais
honesto e menos partidário.
O julgamento do mensalão
é jurídico, mas igualmente político. O STF se tem algum problema o tem apenas
em virtude de dois aspectos.
1. Nossa
Constituição errou quando estabeleceu uma forma de escolha política;
2. As
últimas escolhas realizadas sobre a necessidade de contemplar cotas sexuais e
de raça não só foram infelizes, como partidarizaram de tal forma a Corte que a
tornaram mera caixa de ressonância da política partidária.
Sejam estas razões
suficientes para esclarecer seus problemas, temos apenas que observar que um
dos grandes responsáveis por tudo isso é o povo brasileiro, porque elegeu um
sujeito como Lula da Silva. Carismático, popular, esperto, político desde a
raíz do cabelo, mas infelizmente incapaz de tornar o Brasil uma nação movida
pelo mérito e os brasileiros cidadãos responsáveis!
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