A morte é a única
certeza, absolutamente certeza, que faz da vida algo belo, porque ao termos de
escolher viver todos os dias, e esta escolha tem de ser necessariamente feita,
esta se torna desafio, um desafio cujo resultado, tem apenas uma solução, a
derrota e o morrer!
Somos filhos da
desdita, porque temos consciência da imensidão do nada que somos e que nos
preenche, do vazio que se anuncia em cada instante que nos aproximamos do
inexorável termo de nossas vidas sem sentido.
Mas morrer um pouco a
cada dia, nos dá com certeza, a possibilidade de desafiar o inexorável, única
forma de afirmar nossa existência.
Vã existência, mas
que é plenitude no ato de amar!
Nossa existência só
faz sentido no ato de amar, no gozo, na plenitude do encontro com o outro, no
esbanjamento da arte de buscar fundir-se em plenitude, com aquele que elegemos como
parte de nossa desdita, do inexorável destino de deixar o existir!
Não tenho pressa.
Espero que ela também não! Andamos de mãos dadas, reconheço-a todos os dias,
mas ao cumprimenta-la na dor, digo-lhe sempre:
Estou pronto, como
sempre estive, mas ainda há muito que amar! Basta-me esperar que amanhã possa,
vencendo-a sem vencer, fundir-me no outro, numa ensandecida arte de fundir-se,
misturar-se e perder-se, para se encontrar apenas no instante imediato, aquele
em que tudo fará sentido, para imediatamente deixar de existir!
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