Lamentável, triste, estupidamente impensável
o que vem acontecendo naquela que deveria ser a mais elevada Corte do país. Que
respeito terá o povo por ministros que não têm educação, respeito e dignidade.
O PT conseguiu destruir um dos poderes, paralisa o mais popular deles, e torna
imperial e ditatorial o Executivo.
Hoje,
dia em que começou a primeira sessão do julgamento da ação penal decorrente do
Escândalo petista do mensalão (dia 2 de agosto de 2012) começou no STF (Supremo
Tribunal Federal) com uma longa discussão sobre o desmembramento dos autos do
processo. Por óbvio, tal bizantina discussão escapa à compreensão da maioria do
povo brasileiro, mas já foi motivo de exposição da descompostura, da
impropriedade e da incapacidade de vários dos péssimos ministros escolhidos por
Lula da Silva.
Por
óbvio não escapa a Lula da Silva que este era o seu intento. Escolher ministros
por cor, sexo, origem social ou por apadrinhamento, é a forma mais pura de
tornar a Corte um circo, um teatro trágico de comédia ácida!
As
discussões bizantinas, caracterizadas pela dúvida quanto ao sexo dos anjos, tomaram
no dia de hoje. Quatro das cinco horas diárias previstas para analisar o caso
foram perdidas em tais discussões. Não podia ser outro aquele que propôs a
discussão que não Márcio Thomaz Bastos, o ex-ministro da Justiça que viveu os
momentos do mensalão no governo, e que por tal, tem não só informações privilegiadas
como interesses, apesar de nominalmente, defender apenas o réu José Roberto
Salgado, ex-diretor do Banco Rural.
Nos
desvãos do Direito Processual o ilustre penalista Thomaz Bastos questionou a
legitimidade do Supremo para julgar o caso, já que o processo mistura réus com
foro por prerrogativa de função - que só podem ser julgados pelo STF - com réus
comuns, que têm direito a ser julgados na Justiça comum. Creio inclusive, que
de fato, mais nenhum deles tenha o foro por prerrogativa de função, deveriam
mesmo ser julgados pelo Juiz da Seção Judiciária. Mas enfim, alguns deles
usaram suas prerrogativas como ministros e parlamentares para envergonhar a
função que exerciam.
O
destemperado ministro Joaquim Barbosa, que antes de sofrer de dores na coluna,
deve realmente sofrer de falta de educação, decoro e língua solta, começou como
é seu costume, a classificar os votos dos outros ministros. Curioso, como gosta
de bater boca este ministro, como gosta de notoriedade, desta abjeta
notoriedade da falta de contenção verbal. Como estamos nós incapazes de nos
movimentar pelo impeachment de um
ministro incapaz de guardar a continência verbal necessária a um ministro do
Supremo. Vergonhoso! Para parecer o que não é, e questionando o que não tinha
direito disse o ministro incontinente:
"O senhor é revisor da ação há exatamente
dois anos, poderia ter feito esse questionamento há meses".
A
justificativa do ministro Barbosa é que seu colega de tribunal votou contra o
desmembramento em diversas ocasiões anteriores, mas, hoje, no dia que começa o
julgamento, questionou a decisão.
"Ele coloca em jogo a credibilidade".
Ministro
Barbosa, quem coloca a credibilidade do Supremo em jogo é o senhor com estas
atitudes que expõe uma falta de cerimônia absolutamente desnecessária,
absolutamente indesejável numa Corte, que antes de tudo deveria zelar por sua
pulcritude. Bem, decidiram nove dos onze ministros contra a questão processual
posta por Thomaz Bastos, e dois foram a favor; Lewandowski e o indefectível
Marco Aurélio de Mello.
Não
houve também surpresa quando o ministro Antonio Dias Toffoli, ao começar o
julgamento e estando sob pressão para que se declarasse impedido, deu sinais de
que vai participar da votação. Ora, como desobedecer ao Rei que lhe deu uma
prebenda tão espetacular e imerecida?
Ex-advogado
do PT e ex-assessor de um dos réus do mensalão, vivendo em união estável
envergonhada com ex-advogada de mensaleiro, Toffoli mostrou que Kant não se
aplica à moralidade no Supremo. Toffoli expõe que o Supremo deixou de ser uma
Corte de direito, uma Corte digna, uma Corte onde se defende o Estado
Democrático de Direito, para se tornar a casa de distribuição de prebendas. Ao
começar a explicar sua opinião sobre a questão de ordem, deu indicação que se
preparou para votar.
"No voto que preparei para este caso."
Uma
grande e irreparável vergonha a participação deste juiz no julgamento do
Mensalão, uma vergonha que ensina mais aos brasileiros a Lei de Gerson, do que
qualquer discurso moralista que possa fazer o PT. O Procurador Geral depois de
ter sido acusado de leniência no caso Cachoeira, de toda a pressão que o PT fez
contra ele, resolveu não questionar a participação do escandalosamente impedido
Dias Toffoli. Por quê? Que república indecente que vivemos!! O nosso Procurador
Geral da República Gurgel disse, e penso que não acredita, que a participação
de Toffoli era uma "questão pessoal" dele. Ora, temos então no STF
ministros destemperados e incontinentes, outros desleais, outros despreparados,
outros apenas porque amigos do Rei, e por fim, um Procurador Geral que acredita
que os impedimentos que a Lei determina, são questões pessoais.
Por
que o brasileiro tem que obedecer a lei, se ela é uma questão de entendimento
pessoal?
Por
fim, o destemperado ministro relator, Joaquim Barbosa, fez um breve relato e
falou por menos de uma hora. Barbosa leu um resumo do seu relatório, que
originalmente tem 122 páginas. Explicou quem são os réus, quais as acusações
que pesam sobre eles e o que dizem em suas defesas.
Com
o atraso da sessão, que teria sido absolutamente normal sem os jogos de cena, e
as expectativas causadas por magistrados legalmente impedidos que decidem se a
lei se lhes aplica, a leitura da acusação pelo procurador-geral Roberto Gurgel,
ficou para amanhã. O Procurador que depois de ser pressionado pelo PT no caso Cachoeira,
acredita que o que a Lei impede é questão de foro pessoal.
O
julgamento não tem data para acabar, mas a esperança de um Judiciário
independente, cultor do direito, com ministros dignos, acabou. Nem bem tinha
começado a peça mal cosida da Farsa de Julgamento dos mensaleiros de Lula da
Silva.
Questão
que não quer calar: O mandante também não tinha que ser julgado?
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