No
julgamento do Mensalão que ora teve início no STF, foi proposto pelo advogado
Márcio Thomaz Bastos e apoiado por longa argumentação técnica de Lewandowski, o
possível desdobramento da ação penal.
Tal
pedido exaltou Barbosa:
"Essa questão já foi debatida aqui três vezes!
Esta é a quarta!"
Como
bem alertou Jânio de Freitas na FOLHA não era. Houve apernas mais uma. As três
citadas pelo destemperado ministro Joaquim Barbosa tratavam do mensalão agora
sob julgamento. A outra foi a que determinou o desdobramento do chamado
mensalão mineiro ou mensalão do PSDB.
Em
relação a este processo o STF ficou de julgar apenas os dois réus que têm foro
por prerrogativa de função, por serem parlamentares, remetendo à Justiça
Estadual mineira o julgamento dos outros 13 réus, o que está plenamente de
acordo com o Direito Processual brasileiro.
Pergunta
que não quer calar: Por que o destempero do ministro? Por que o tratamento
diferenciado para os réus do mensalão do PT?
Infelizmente
brasileiros e brasileiras, os nove ministros que recusaram o desdobramento do
mensalão petista calaram a respeito. Triste encontrar o nome de Gilmar Ferreira
Mendes entre os que se omitiram. Ao votarem contra a proposta de Márcio Thomaz
Bastos, dois ministros,, Gilmar Mendes e Celso de Mello, fizeram longas
digressões, indiferentes à pressa do presidente do tribunal.
A
premissa de serem crimes conexos só valeu para um dos mensalões, o do PT. Por
quê?
O
mensalão do PSDB é o primeiro, montado já pelas mesmas peças centrais,
incluindo o inimitável Marcos Valério, suas agências de publicidade SMPB e DNA,
o Banco Real. Só os beneficiários eram outros, incluindo o hoje deputado e
ex-governador Eduardo Azeredo e o ex-vice-governador e hoje senador Clésio
Andrade.
Patente
a incoerência do Supremo Tribunal Federal, que se desprestigia, que desfaz da
certeza e da necessária segurança Jurídica, quando nas decisões opostas sobre o
mesmo questionamento, ou seja, o do desdobramento, revela decisões
comprometedoras no trato do mensalão mineiro. Lembra Jânio de Freitas que a
precedência no julgamento do mensalão do PT, ficando para data incerta o do
PSDB e seus dois parlamentares, carrega um componente político que nada e
ninguém pode negar. A precedência do Mensalão do PT está na necessária
composição do STF, na necessidade de passar a régua sem direito a instâncias de
revisão.
Alerta-nos
o colunista, como se isso não fosse já absolutamente sabido, que a Polícia
Federal também deixa condutas deploráveis na história do mensalão do PSDB.
Aliás, em se tratando de sua conduta relacionada a fatos de interesse do PSDB, mas
não como quer o colunista, para benefício do PSDB, mas antes, criando fatos,
criando situações que embaraçam o julgamento do Mensalão do PT.
Curioso
é o ataque ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que dizem ter um
gosto de medir o tamanho histórico dos escândalos, o que evidência e esclarece
porque o procurador-geral acredita que o impedimento legal de Dias Toffoli é
uma questão de foro íntimo.
O
mensalão do PT está se preparando para o Forno. Aquele de pedra e lenha, onde
todos nós seremos servidos com uma bela pizza! Paga por nós é claro!
E
acreditar que um dia acreditamos que o Brasil seria uma potência! Potências não
surgem em países onde não há respeito pelo Direito, pela Liberdade, e em que a
Corte mais alta do País está instrumentalizada por um partido!
Fico
apenas triste pelos milhares de estudantes de Direito e pelos operadores do
Direito! Porque no Brasil hoje, Direito que é bom, nada!
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