Espaço de sentir e pensar de Laércio Lopes de Araujo

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Tempo




Todos sabemos, que um minuto,
É muito tempo, muito tempo,
Muito tempo, muito tempo,
Muito tempo, para além de nossa imaginação,
Quando não faz sentido o que estamos fazendo!

Todos sabemos que, um minuto,
É tão pouco tempo,
Desesperadamente pouco,
Loucamente pouco,
Transpiro só em pensar,
Que tão pouco tempo,
Não faz sentido,
Já que o que quero é a eternidade!

Todos sabemos que, um minuto,
Espaço entre o agora e o daqui a pouco,
Não tem qualquer dimensão real,
Tem apenas, uma dimensão,
No compasso de minha espera,
Lento e desagradável,
Feliz e desesperador!

Espero que a teu lado,
Cada minuto,
Seja a promessa,
De Felicidade,
E de desespero,
De angústia,
Por passar, num tão breve,
Breve tempo de amar!

Meu tempo se mede,
Assim, como todos sabemos,
Sem nenhuma ciência,
Construído de esperança,
De desespero,
De angústia,
Mas sem nenhuma relação,
Com qualquer dimensão!

Por isso amo relógios,
São instrumentos que,
De nada servem,
Porque medem, algo sem dimensão,
Porque medem, o tempo que se acumula,
Sem nenhum valor, como antecipação,
Ou retardamento, de um único e último...
Momento,
O de morrer!

Mas há este intervalo,
Que o ponteiro do relógio,
Julga quantificar,
Que chama de tempo,
Que chamo de sina ensandecida,
Que vive para marcar,
Um espaço de seja lá o que for,
Mas que tenho de preencher,
Com te amar,
Com te beijar,
Com desesperadamente,
Ficar em teus braços!

O tempo escoa,
Ou será que se acumula,
O tempo está para mim,
Como eu para o espelho,
Como o espelho para o nada!

Quero meu tempo,
Um tempo que é muito lento,
Um tempo que é loucamente rápido,
Quero um tempo, apenas para te amar!

Como não estás aqui,
Como ainda não me encontrou,
Não me escolheu,
Entre os muitos tempos de viver
Entre os muitos tempos de morrer,
Continuo a olhar o relógio,
Que inexorável, insiste,
Insiste,
Insiste,
Em marcar o que não tem tamanho,
Nem dimensão,
Apenas tem,
A esperança de acontecer,
Apenas, e somente,
Para não acontecer!

O tempo, ora o tempo,
Tem teu nome...

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